2010
DOURO
(Emoções)
Deslizo para o topo de um Outeiro
Rasgado de socalcos e vinhedos.
Por certo o rasgou Homem sem medos,
Por certo a trabalhar desde Janeiro.
De céu a cobertura por inteiro
Deu sol e chuva à seiva dos segredos
Que brotam entre xistos e penedos
E descem pelo rio num "veleiro"
Levantam-se meus olhos à grandeza
Do rio que nos tem em cativeiro
Ao qual nos agarramos com nobreza.
Quem me dera o amor do jardineiro
Que consegue escrever na Natureza
Emoções que me ficam no tinteiro...!
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